Do primeiro livro, “Suecos En la Selva”, de Evald Guillhermo Olsson, em espanhol, foi o ponto de partida para seguirmos as buscas de dados sobre os suecos em Guarani das Missões, uma vez que aqui só ficou os resquícios da historia. Interessante ressaltar que o pivô de tudo é a Colônia Guarany que no fundo foi um “corredor de imigrantes” e re-imigrantes se é que assim pode se dizer, como mais tarde fomos descobrir no Livro publicado pelo Estado do Rio Grande do Sul “Povoadores da Colônia Guarani 1891-1922, que aqui aportaram nada menos que 21.144 imigrantes, de quinze grupos de expressões étnicas, sendo uma das mais ricas misturas demográfica do sul do Brasil”, restando alguns poucos em Guarani das Missões.
Trabalhar em cima destes dados e trocar informações com outros interessados como Igreja Batista Independente, que busca dados do Erik Johnsson, o Sr. Antonio Polanczyk que também a anos buscou informações para entender porque Guarani não se desenvolveu adequadamente como as outras colônias do Estado, não deixa de ser empolgante, horas, dias, semanas, anos de pesquisa. Tenho convicção que o tempo além de mim vai contar mais uma capitulo da historia de Guarani das Missões.
Por outro lado o casal Flodel, na Suecia, certamente pela insistência e o pedido que fizemos no primeiro encontro em Porto Lucena, publicou mais um Livro “Verano Eterno”, e ai sim as portas janelas se abriram na mescla de informações do tripé Brasil, Argentina Suécia. Muitas vezes pensei porque o Flodel levou este material pra Suécia? Hoje, só temos a agradecer penhoradamente a ele por ter resgatado em tempo hábil tudo isso. Caso contrario, com certeza, nossa historia estaria enterrada de uma vez por todas e as gerações futuras jamais saberiam dessa vivencia, a não ser na suposição e imaginação do que aqui aconteceu.
Esta mistura de informações só tem uma finalidade, qual seja deixar registrado nos anais da historia de Guarani o que estava escondido em baixo do tapete, somos e continuaremos sendo a Capital Polonesa dos Gaúchos, mas, o algo mais também faz parte deste contesto.
Com a intenção de suprir uma lacuna, na história de Guarani das Missões, para que não se perca no tempo os valores étnicos culturais dos imigrantes suecos que vieram a América do Sul, buscando para si e seus filhos um melhor porvir, um século depois, recuperar dados e datas de nossa historia que estavam escondidos, é muito emocionante e servirão com certeza para contribuir para o conhecimento das gerações futuras.
Essa Nova Suécia, com as novas Alemanha, novas polônias, novas urânias, se misturaram e vibraram aos novos ritmos musicais e desfrutaram das festas da flor e da cerveja, participaram das solenes bênçãos da Páscoa que, aos convencionais ovos de chocolate se somam preciosos e reais ovos de galinha, decorados, pães espetacularmente feitos, cucas recobertos de streüssel, e desfrutar da pitanga, do araticum com o mesmo sabor do monte. Estes missioneiros que se emocionam ao cantar o Hino Nacional, e a bandeira verde amarela desfraldada ao fundo de variados verdes e pesadas nuvens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário